Recuperado de uma contusão no tornozelo esquerdo, sofrida no dia 3 de junho, e de uma pneumonia, diagnosticada no dia 27 do mesmo mês, Ricardo Oliveira está de volta ao Santos. O atacante fica à disposição do técnico Levir Culpi e está relacionado para o jogo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, na Vila Belmiro, nesta quarta-feira (26).

O atacante volta em busca de conseguir uma sequência este ano. Por conta de uma caxumba e de um corte na orelha, também nesta temporada, ele ainda não pôde manter a mesma frequência de partidas de 2015 e 2016. Em 2015, foram 65 compromissos, sendo 62 pelo Santos e três pela Seleção Brasileira – 38 gols (um pelo Brasil) e seis assistências. Em 2016, 41 jogos, sendo 39 pelo Alvinegro e dois com a Amarelinha – 23 redes balançadas (uma pelo Brasil) e seis passes para os companheiros marcarem.

Na temporada atual, o camisa 9 atuou 17 vezes, com quatro gols anotados. O último foi no dia 23 de maio, pela Libertadores, na Vila Belmiro, em vitória por 4 a 0 sobre o Sporting Cristal. O último compromisso foi diante do Corinthians, na Arena Corinthians, em derrota por 2 a 0.

Pela Copa do Brasil, desde o retorno ao Peixe, Ricardo, vice-campeão em 2015, soma 17 jogos, com dez gols e duas assistências.

Confira abaixo bate-papo com Ricardo Oliveira:

1- Como foi este período fora? O que dá para dizer que foi ruim e o que foi bom?

É sempre muito difícil você ficar fora quando você está acostumado a participar, tanto dos bons quanto dos maus momentos. O lado bom é ter visto a capacidade, que já havíamos falado antes, que temos no nosso elenco. Com jogadores que podem dar o resultado esperado e o time nunca dependeu de um único atleta. Foi bom ver este crescimento da equipe, mas é ruim ficar fora quando você tinha uma participação mais efetiva no time. A contusão me tirou por mais tempo, mas deu para conseguir trabalhar forte, fortalecer a musculatura e voltar para esta reta final de competições.

2- Como viu a equipe neste período ausente? 

Eu vi a equipe muito bem. Temos um elenco forte, jogadores que têm se mostrado importantes no time, que estão preparados para jogar e dar a resposta que todos esperam. Para jogar no Santos você precisa estar preparado para grandes confrontos e grandes desafios. Nosso time mostrou ter capacidade para se reinventar, com ideias que o Levir trouxe, e aos poucos estamos conseguindo colocar em prática o que ele tem pedido.

3- Levir Culpi chegou em meio a sua ausência. Como tem sido o dia a dia com ele e as expectativas?

Ele chegou logo que me machuquei e agora estou podendo estar à disposição e treinando com ele. Mas tivemos contatos diários, conversamos muito sobre o time, sobre a minha evolução, de como estava me sentindo e, sempre que não tinha jogo e não estava, acompanhava para entender a maneira que ele gosta de jogar. O contato foi ótimo e agora estar à disposição, entendendo a proposta de trabalho dele, melhor ainda.

4- O que espera para este segundo semestre e como se sente? 

Temos grandes possibilidades neste segundo semestre. Às vezes acontecem coisas que não esperamos, mas me preparei muito neste período que estava fora. Vou precisar muito do apoio de todos e com certeza vou dar o meu melhor para que seja infinitamente melhor do que o primeiro, que foi ruim para mim, com doenças, as quais não temos controle, e contusões. Acredito que temos grandes possibilidades de ter uma conquista importante ainda neste segundo semestre, com Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Vamos dar o nosso melhor para conquistar coisas grandes.

5- Você tem bom retrospecto na Copa Brasil nos últimos anos. Como vê a competição, o Flamengo e a disputa por mata-matas?

É sempre bom o retrospecto, é legal, mas não posso me apegar muito a isso. Cada jogo é diferente, as dificuldades se apresentam de outra maneira, uma nova história e temos que reconstruir. Vejo com bons olhos estar à disposição, voltar a competir e um mata-mata na Vila Belmiro, com certeza cheia, torcedores nos incentivando do começo ao fim, e todos nós querendo um único objetivo, de fazer gols e conseguir avançar. O Flamengo é uma equipe muito bem montada, com jogadores de qualidade, vão nos exigir muito, mas estamos preparados para este desafio.

6- Qual a expectativa de voltar à Vila Belmiro?

A expectativa é das melhores. A Vila Belmiro é um campo que conheço muito bem, gosto muito de jogar lá, principalmente quando os nossos torcedores marcam presença ao nosso lado, nos incentivando, e isso acaba contagiando a todos no campo. A maior motivação que tenho é de vestir esta camisa e esperamos poder fazer história nesse jogo e poder passar de fase na Copa do Brasil.